quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Construção do Portal Monumental de Ibicaraí

Desde a sua construção o Portal de entrada tem sido referência em toda a Bahia, como um marco especial da cidade de Ibicaraí

Flamarion Matos, Henrique Oliveira, Fernando Almeida, Mestre Zezito e Carlos Henrique
Com a construção do Terminal Rodoviário em Ibicaraí, no ano de 1985, o tráfego de automóveis aumentou consideravelmente na entrada da cidade, e para evitar possíveis acidentes no local, o gestor municipal da época, Henrique Oliveira, se reuniu com os seus assessores e decidiram construir um trevo. A ideia logo ganhou proporções além do imaginário social, se tornou um marco na região cacaueira e motivo de orgulho para os munícipes ibicaraienses.

Projeto inicial
Em 1986, o então prefeito Henrique Oliveira, decidiu contratar a empresa SCC (Serviços de Consultoria Comercio e Construção Ltda.), para discutir o projeto do monumento. O objetivo era agregar a necessidade da obra com a criação de um monumento que marcasse a imagem do município e pudesse levar o nome da cidade além das fronteiras do estado.

Obras em andamento (foto: 10/1986)
Tendo como referência o Portal da cidade de Gramado, no Rio Grande do Sul, os engenheiros da empresa contratada elaboraram o projeto, que foi bem aceita pelo gestor municipal. No projeto ficou decidido que iriam ser construídos dois monumentos: um em formato de parábola (o portal) e outro no formato Helicoidal (que ficaria ao lado do Portal). Sendo assim, no dia 07 de agosto de 1986, a empresa SCC deu início aos trabalhos de construção, com data de encerramento marcada para o dia 22 de outubro do mesmo ano, ou seja, 75 dias após o início das obras. O objetivo era inaugurar o Portal no dia do aniversário dos 34 anos de emancipação política de Ibicaraí.

Foto tira em setembro de 1986
Num jornal publicado no mês de agosto de 1986, intitulado de “Jornal da Cidade”, o autor ajusta as suas palavras ao dos engenheiros Carlos Henrique e Luis Carlos Lopes e descreve as características da obra:

Segundo os engenheiros Carlos Henrique e Luis Carlos Lopes responsáveis pela obra, “o Portal de entrada será de concreto armado, em forma de dois arcos, com altura máxima de 8,9 metros e largura total de 44 metros. Na sua estrutura serão gravados em relevo o nome e brasão do município, sendo que ao lado está prevista a edificação de um monumento da administração Henrique Oliveira.

O autor ainda acrescenta:

Conforme ainda os engenheiros da SCC, “além do Portal e do monumento ficaremos responsáveis em alargar os 100 primeiros metros das pistas de entrada da cidade, fazer o sistema de iluminação, que será dotado com lâmpadas de sódio de 400 watts, canteiro divisórios da pista, onde estarão os mastros de 16 bandeiras de cidades da Região Cacaueira[...] 

Foto tirada em setembro de 1986
No dia 22 de outubro de 1986, ainda com algumas pendências principalmente no setor de paisagismo, a obra foi inaugurada na presença do governador João Durval, o prof. Josaphat Marinho, Jairo Carneiro, o prefeito Henrique Oliveira, primeira dama Baby Oliveira, Sérgio Carneiro e a sociedade ibicaraiense, que compareceu em grande número.

Obra no dia da inauguração (foto: 10/1986)
Apesar dos monumentos terem conseguido atingir o objetivo principal, ou seja, ter se tornado um marco na lembrança dos visitantes e dos munícipes local, pouco se sabia sobre a filosofia da sua geometria. No entanto, o autor do “Jornal da Cidade” na edição de setembro de 1986, volta a ajustar suas palavras ao do autor do projeto arquitetônico, Sr. Fernando Almeida, para explicar a ideia dos desenhos geométricos da obra:

Referindo-se às formas geométricas criadas para o Acesso Monumental de Ibicaraí, Fernando Almeida optou pela parábola, “que tende sempre para o infinito, numa alusão a procura constante do progresso”. Quanto ao marco que será erguido junto à parte principal do projeto, ele escolheu uma forma helicoidal, “encontrada nas mais antigas e sábias civilizações simbolizando a elevação cósmica para o universo”. Segundo ele, “a parábola e o monumento helicoidal servem como um ponto de reflexão maior sobre a própria criação dos cosmos e para onde poderemos elevar, como os nossos atos e pensamentos, a nossa sociedade”.  
Monumento em formato helicoidal (foto: 27/10/2011)
Portal em formato de parábola (foto: 27/10/2011)


segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Uma sinopse da história da Professora Waldir Montenegro


Professora Waldir lecionando em na década de 50
Em meados da década de 1950, uma mulher de forte personalidade deixou a família no sudoeste baiano para transformar a recém emancipada Ibicaraí. Logo de cara, na primeira eleição para o legislativo municipal, ela foi de encontro aos ideais chauvinistas e tornou-se a primeira vereadora do município. Apesar de se envolver no meio político, ela havia chegado ao local para instruir a população e, com uma visão ampla, percebeu o aumento populacional e a necessidade da criação de mais uma escola ginasial.

Obstinada na construção da escola, ela encontrou inúmeros obstáculos com a oligarquia vigente – devido ao já existente Colégio 14 de agosto -, mas, demonstrou força e perseverança para derrubar todos os empecilhos, e foi ainda mais longe: transformou um pavilhão com três salas separadas por tabiques de madeira numa Faculdade de renome nacional.

A professora Waldir Montenegro ficou marcada na história dos munícipes ibicaraienses pela sua característica de tendência pedagógica tradicional, tendo sob a sua direção, um pouco mais de 31 mil alunos, que a respeitava pelo seu posicionamento sério, exigente e sobre tudo, pela sua competência em lecionar, mas, no dia 11 de outubro de 2011, o povo ibicaraiense ficou lúgubre, pois, aquela que tanto fez pela educação e a sociedade ibicaraiense, em fim, deu o seu último adeus.

"Este texto é apenas um resumo, clic aqui e conheça a história da professora Waldir Montenegro".

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